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domingo, 1 de agosto de 2010

captadores

Este texto foi extraído do site "Loucos por música".

Quase tudo interfere, na performance do captador.
- Tipo da madeira
- Densidade da madeira
- Desenho do corpo
- Como é fixado o captador no corpo do instrumento
- Qualidade de propagação dos apoios (Ponte e capotraste )
- Tipo de trastes do instrumento
- Regulagem do instrumento
- Altura dos captadores (Proximidade dos mesmos à corda)
Maiores detalhes sobre O que é captador? Como funciona? Como interage com a Madeira? Na CG 50 e 51, e no livro "Guia Ilustrado da guitarra" você encontrará maiores esclarecimentos sobre isso.

Outro problema com relação a indicação de captadores, é o fato de que o "som" é julgado através de gosto e referencial.
Ex. Para mim som pesado pode ser o que Jimmi Page do Led Zeppelin, consegue em sua guitarra, e para outra pessoa pode ser o timbre que o Dimebag Darrell do Pantera consegue, ou seja vai do referencial de "pesado" de cada um, e também do gosto pessoal. Posso achar maravilhoso o timbre para Blues que Steve Ray Vaughan Consegue, enquanto outros acham melhor e mais bonito o timbre que B.B King consegue.

Marcas com EMG, Seymour Duncan, Dimarzio, e outros..., disponibilizam no mercado catálogos, demonstrando seus modelos , e suas respectivas performances, no que se diz respeito às suas freqüências, saída, (Volume, "Força" ), entretanto vale a pena salientar novamente que, isto serve apenas como referencial, pois o captador age de forma singular em cada instrumento.
A seguir darei dicas sobre quais captadores podemos usar para conseguirmos um timbre com maior sustentação, maior ataque, e conseqüentemente, tocar com "mais facilidade" rifes pesados e frases rápidas.

Importante lembrar que essas dicas são baseadas em minha experiência e no meu gosto., ou seja, pode não agradar a todos.

Existe disponível no mercado uma infinidade de marcas e modelos ótimos, tais como, Seymour Duncan, EMG, Dimarzio, Bill Lawrence, Gibson, Fender, Rio Grande, Tom Anderson, Shaller, Gotoh, Shadow, Fishmam, e outros. Falarei apenas de alguns modelos de algumas poucas marcas, principalmente, daqueles mais fáceis de serem encontrados, porém, seu Luthier de confiança poderá também orienta-lo, com respeito a outros modelos e outras marcas.

Usarei escala de 0 a 5, para dar idéia da proporção das freqüências de cada captador, e de 0 a 10 para comparação de potência ( saída ) . Ex. O captador "X" possui a equalização de suas freqüências aproximadamente, 5 de agudo, 3 de médio e 1 de grave e de saída moderada (5). Então você deverá entender que esse captador possui pouco grave, bastante agudo, e médios não proeminentes e que (5) de saída, lhe dá conotação de um captador não muito forte e nem de volume muito alto, quanto seria um de (7) por exemplo.

Bom, vamos lá!
Um Humbucker, bastante comum, e muito usado no mundo todo, é o "JB" da Seymour Duncan. Trata se de um captador bastante versátil, e de freqüências equilibradas, evidentemente em um estilo de rock "moderado à pesado".
A equalização de suas freqüências é aproximadamente nesta proporção:
5 de Agudos, 4 de Médio, 2 de Graves e 7 de saída.
É um captador que proporciona, uma boa gama de harmônicos, muito boa sustentação, e também possui uma saída bem forte.(Massa de volume e potência que proporciona)
Um captador bastante usado, desde de um hard blues a um hard rock ou jazz rock .

Outro captador bastante parecido ao JB, no que se diz respeito ao estilo de aplicação, é o também humbucker "Paf Pro" da Dimarzio.
Este captador, também bastante usado mundialmente, possui suas freqüências até um pouco mais equilibradas do que o JB: 5 de Agudos, 4 de médios, 3 de graves, 6 e ½ de saída, porém um pouco mais fraco, mais de igual gamas de harmônicos e sustentação, e graças a sua quantidade de médios, proporciona um pouco mais de saturação.

O "500 T" da Gibson é um dos meus favoritos. Um captador de excelentíssimo equilíbrio de freqüências, e de saída fortíssima. 5 de Agudos, 4 e ½ de Médios, 4 de Graves, e 8 e ½ de Saída. Proporciona uma ótima sustentação, um timbre gordo e límpido, entretanto, graças à sua saída alta, satura com facilidade. Indicado para o estilo hard rock, heavy metal, e até para um jazz mais pesado, dado mais uma vez ao seu grande equilíbrio de freqüências.
Infelizmente, só deve ser utilizado, na posição bridge, (ponte), pois se utilizado, na posição neck (braço), satura demais, embola as freqüências, fica abafado..

O "Duncan Custom" da Seymour Duncan, se assemelha bastante ao 500 T, embora não tão equilibrado, e nem tão "Forte", ( 5 de Agudos, 3 de Médios, 4 de Graves e 8 de saída ) quanto esse antecessor citado acima, porém de excelente sustentação e equilíbrio de freqüências, de timbre bastante límpido e gordo, realmente muito encorpado, e também de saída fortíssima. Satura com facilidade, mas esta longe de ser chamado de um captador "sujo", por isso é indicado para o Hard Rock, heavy metal, e até o jazz.

Esses dois captadores que falaremos agora, não são tão fortes e nem tão agressivos quantos os anteriores, entretanto, poderosos na versatilidade.
O Primeiro é o "The 59 Model" da Seymour Duncan. Esse humbucker, possui, um som limpo bastante cristalino e encorpado, e quando saturado, mostra suas freqüências bastante equilibradas. Longe de ser um captador estridente, o 59 Apresenta as seguintes características de freqüências: 5 de Agudos, 2 e ½ de médios e 4 e ½ de graves, e sua saída é de 6 e ½ .
O que pode se notar, é que o "59" é um captador de som "Cheio" dado às suas equalizações, embora por não possuir as freqüências médias acentuadas, não possui um ataque vertiginoso, mas quando saturado é de excelente sustentação.

Esse Humbucker é indicado para um Hard blues, Jazz ou Jazz rock, Hard Rock, e talvez um Heavy Metal não tão visceral.
O Segundo captador dessa dupla, é o "Fred", da Dimarzio.
Esse captador apresenta as seguintes características de freqüências: 5 de Agudos, 5 de médios, 5 de Graves, e 7 de Saída. Como você pode perceber são parecidos, em suas equalizações, sendo que o Fred possui um pouco mais de ataque e força mas também de som limpo e cristalino e bem definido.

Os estilos a que se aplica mais adequadamente são:Hard Blues, Jazz Rock,Hard Rock,Heavy Metal não muito pesado.
Outra dupla bastante avassaladora, são os "Tone Zone" da Dimarzio, e o "Original Trembucker "da Seymour Duncan.

domingo, 28 de março de 2010

novos equipamentos


twin reverb Amp

Tour 2009 com Yuri da Cunha

TOUR EUROPA 2009

OUTUBRO
21 RIMINI 105 STADIUM
23 NICE NIKAIA
25 LUXEMBOURG ROCKHAL
27 ROTTERDAN AHOY
28 ROTTERDAN AHOY
30 BRUSSEL FOREST NATIONAL
31 BRUSSEL FOREST NATIONAL

NOVEMBRO
1 BRUSSEL FOREST NATIONAL
3 BUDAPEST ARENA
5 BEOGRAD BEODRASKA ARENA
7 ZAGREB ARENA
10 OSLO SPEKTRUM
12 STOCKHOLM GLOBE ARENAS
14 HELSINKI HARTWALL AREENA
17 PRAHA ARENA
19 LJUBLJANA HALA TIVOLI
21 ROMA PALALOTTOMATICA
22 ROMA PALALOTTOMATICA
24ROMA PALALOTTOMATICA
25 ROMA PALALOTTOMATICA
27 PESARO ADRIATIC ARENA
30 MILANO MEDIOLANO FÓRUM

DEZEMBRO
1 MILANO MEDIOLANO FÓRUM
2 MILANO MEDIOLANO FÓRUM
4 MILANO MEDIOLANO FÓRUM
5 MILANO MEDIOLANO FÓRUM
7 BOLOGNA FUTURSHOW STATION
9 ZURICH HALLENSTADION
10 ZURICH HALLENSTADION
12 TORINO PALAISOZAKI
13 TORINO PALAISOZAKI
15 FIRENZE NELSON MANDELA
17 BRESCIA PALABIXIA
19 PADOVA FIERA

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Sempre fui muito fã de sons de strato , curioso pelos segredos dos seus sons de meus strat heroes rsrsrs .... isso me fez ter contato com os efeitos ,o primeiro que vou falar é o delay ...

No meio musical existe um equipamento denominado Delay , que possui como função criar um atraso do som em relação ao sinal original gerado por um instrumento musical . Normalmente os aparelhos de marcas boas que possuem o controle do delay também possuem uma tecla para o eco (a repetição) que controla a quantia de repetições desejada no efeito. Assim o usuário pode controlar o tempo de atraso e a quantia de repetições do som após cada atraso.Quanto ao atraso o tempo pode ser ajustado :
no mínimo (. a demora para o som real que for tocado ser emitido no alto falante é mínima)--isto varia com o acessório usado, mas é questão de menos do que um segundo;
no máximo, em geral, os acessórios variam, mas podem dar um atraso de 2 segundos, em média, para o som real ser emitido no alto-falante.
Da mesma maneira, quanto a repetição, pode-se usar (exemplos):
com uma repetição somente---o efeito fica similar a um pedal de volume quando ativado após a emissão do som (o som sairá no alto-falante em tempo atrasado e só uma vez);
com duas ou mais repetições---o efeito ficará mais parecido com um eco na montanha, aonde comumente se ouve várias repetições.
Logo, se o atraso for razoável, digamos um segundo, e colocarmos algumas repetições (digamos, 5), o som emitido ficará típico de um eco real que se ouve na natureza. Aparelhos de delay costumam diminuir ( desenvolvimento negativo) a amplitude ( volume) do som conforme cada repetição ( eco); assim, a repetição, como um eco, parece ficar cada vez mais distante, criando o efeito de eco que vai se desaparecendo aos poucos ao longe em cada repetição, com o som ficando mais e mais "fraco".
Os pedais de Delay podem ser usados de várias maneiras: uma marca inferior de delay pode ser um pedal simples de um só efeito, outro de marca melhor pode estar incluso entre vários efeitos de uma pedaleira ou até imbutido como acessório em caixas amplificadas e mesas de som. O efeito pode ser conseguido muito facilmente também em aplicativos digitais (software) de gravação para uso profissional.
exemplo de regulagens de delays em musicas do pink floyd:
Gilmour:
Breathe: 310ms with moderate feedback
Time: 500ms with long feedback
Time Solo: 310ms with moderate feedback
Money: 310ms with moderate feedback, added for solo
Us and Them: 310ms with moderate feedback
Shine On solos: 370ms with moderate feedback
Welcome to the Machine/ rhythms: 455ms with moderate feedback
Dogs/ rhythms and solos: 370ms
Gilmour:Breathe: 310ms with moderate feedback
Time: 500ms with long feedback
Time Solo: 310ms with moderate feedback
Money: 310ms with moderate feedback, added for solo
Us and Them: 310ms with moderate feedback
Shine On solos: 370ms with moderate feedback
Welcome to the Machine/ rhythms: 455ms with moderate feedback
Dogs/ rhythms and solos: 370ms with moderate feedback
Pigs and Sheep: 370ms with moderate feedback
The Wall: 440ms with long feedback
Comfortably Numb: 440ms with moderate feedback
Run Like Hell(Hezbollah):) : 380ms with 50% feedback.with moderate feedback
Pigs and Sheep: 370ms with moderate feedback
The Wall: 440ms with long feedback
Comfortably Numb: 440ms with moderate feedback
Run Like Hell(Hezbollah):) : 380ms with 50% feedback.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

fender com captadores dimarzio area '58 meio e braço e jb junior na ponte

Música : Homem é bom ( quando tem dinheiro )

Programa altas horas com o cantor angolano Yuri da Cunha

Entrevista para o site noite ponto som ...

http://noitepontosom.blogspot.com/2008/08/entrevista-da-semana-vida-guitarras.html
Toc toc........ Bato duas vezes. Ninguém atende. Repentinamente à porta abre e aparece à secretaria, que cuida da criança da casa convidando para entrar no ambiente. Neste momento, sou recebido com um sorriso floral: a esposa Thais, vocalista da banda Makueto fala: “Oi Neri, chega aí”. Então, com as honras da casa, entro pelo corredor, na esquerda da sala tem mais uma pessoa: o cantor e dançarino Edy Lessa, brincando com um bebê recém nascido em seu colo. Na minha frente está um homem sentado com o rosto voltado para o computador. Quando levanto à palavra, o mesmo, que parecia concentrado no que fazia vira-se com um olhar sereno e diz: “E aí meu velho, tudo bem?” Então o gelo quebra. Realmente, estou na casa de um músico, já que o material de trabalho: cabos, guitarras, pedaleiras, amplificadores estão espalhados por todos os cantos da sala. Seu nome? Carmilton Mamede, porém poucas pessoas o conhecem pela alcunha de batismo, mas pelo codinome Ximbinha. “Foi dado por meu pai desde que me conheço por gente”, vai logo esclarecendo o músico. Pesquisador intenso de timbre de guitarras comenta que estudou música ainda na infância nos cursos de musicalização, da Ucsal, já adulto com título em música batalha muito na profissão. Gravou com alguns nomes da música baiana, além disso, vai soltando pérolas como: “Santana só precisa tocar dois ou três acordes para ser reconhecido”. Confira à entrevista exclusiva cedida, ao blog Noite Ponto Som, que foi realizada numa tarde chuvosa de agosto (18).

NPS - Noite Ponto Som - Como surgiu seu interesse em seguir a carreira de músico?

Ximbinha Mamede - Venho de uma família que têm muitos músicos e artistas. Meu pai trabalhou em rádio assobiando no Rio de Janeiro, ele também tocou caixas de fósforos em alguns grupos de Choro. Com os primos da minha geração Fred Barreto (guitarrista de blues) e Duda Araújo (baixista da banda Stância) formamos a primeira banda de rock, neste período toquei músicas de grupos estrangeiros das décadas de 60 e 70. Época que tive várias influências como Jimi Hendrix, Pink Floyd, Janis Joplin..... Toquei também com alguns grupos de heavy metal e fiz parte da formação da banda de black metal, Carnifield. Um dos grandes inspiradores dessa jornada musical foi um primo, que não é músico, mas artista plástico Marcelo Gato.NPS - Nesta época era só diversão, ou já dava para ganhar algum dinheiro tocando com bandas?Ximbinha Mamede - Pagávamos para tocar era só amor pela música. Entretanto, cheguei num momento em que precisei melhorar o meu equipamento, já não dava para ficar dependendo somente dos meus pais, até porque instrumento musical no Brasil é muito caro. Então, passei para o lado comercial da música da Bahia, que no caso é o axé. Comecei depois dessa fase “metal”, a tocar em grupos do gênero e fiz parte da extinta banda Reflexus, conhecida por fazer sucesso com músicas como Senegal e Madagascar. Assim pude viajar e conhecer outros Estados através da música. Dessa forma, comecei a ganhar dinheiro e tornei músico profissional.

NPS - Vamos conversar sobre um assunto que você lida no dia-a-dia: ser músico de estúdio. Quais são as suas prioridades neste local?

Ximbinha Mamede - O timbre. A timbragem de guitarra é algo muito particular e pessoal em cada músico. Alguns músicos como Santana e Jimi Hendrix são identificados por causa do som que conseguiram formatar, ou seja, tocam apenas duas ou três notas e são reconhecidos. Essa busca pela identidade é a minha prioridade, e surgiu desde quando comecei a tocar. Já troquei de guitarra muitas vezes para achar o meu timbre. Continuo testando vários tipos de captadores, madeiras, potenciômetros e pontes, pois acredito que isso ajuda a descobrir novos e melhores sons.

NPS - Tem preferências por guitarras quando vai gravar com outros artistas? Que equipamentos usa para a labuta, atualmente?

Ximbinha Mamede - Atualmente, o meu equipamento de trabalho são duas guitarras Fender. Uma modelo stand, cor sunburst, com captação di marzio HS3 na ponte e di marzio HS4 no meio e no braço do instrumento, porque tem um timbre cristalino e satura com facilidade. Além disso, o seu som é similar ao do guitarrista Yngwie Malmsteen, (músico conhecido por sua incrível velocidade). A outra guitarra é uma Fender ressue, 1962, japonesa com o corpo em basswood. Nessa utilizo uma captação nova da di marzio chamada aria 58, no meio e no braço. Na ponte uso um captador bastante interessante denominado de JBJúnior. Ele tem a sonoridade das antigas guitarras Les Paul. Então são dois instrumentos bastante versáteis. Além disso, tenho ainda uma que só utilizo em gravações especiais, que é uma Ibanez, modelo blazer, série 1969, com o corpo em ash e braço em maple. Troco sempre à captação desse instrumento e, atualmente, seu captador é o bridge, no meio do braço. Além dessas, possuo uma Washburn, modelo N2 com corpo em alder e braço em maple. A escala desse, instrumento é de jacarandá com captação tone zone na ponte e um captador super distorcion ligado em paralelo. Esse tipo de ligação ainda não é utilizado por muitas pessoas. Acho interessante que outros guitarristas experimentem ligações alternativas nos seus instrumentos, pois podem encontrar novos timbres. Sou fã das guitarras modelo stratocaster.

NPS - Fale um pouco sobre sua prioridade na hora de tocar?

Ximbinha Mamede - Quando utilizo o bend (técnica de tocar que altera a freqüência natural de uma nota possibilitando a execução de outras) me preocupo muito com a afinação, porque, qualquer alternância desafina. Acredito que soa melhor com cordas mais pesadas, tipo 0,11, (grossura do encordamento) agora é mais desconfortável para tocar. Quando faço um trabalho de jazz ou blues sempre utilizo encordamento pesado, mas quando gravo algo tipo, axé, reggae, soul ou funk, uso cordas 0,09.

NPS - Com relação ao controle sobre o bend. Você tem necessidade de abafar às cordas ao executar a técnica?

Ximbinha Mamede - Sim. Normalmente abafo todas as cordas que não estou utilizado, por exemplo, se vou dá um bend na terceira corda abafo todas as outras para que o som não soe sujo. Isso não é só no bend, mas na técnica de vibrato também.

NPS - E quanto à técnica de tapping? Em que proporção utiliza?

Ximbinha Mamede - O tapping (bater com as pontas dos dedos nas cordas) é um tipo de prática comum no heavy metal. Quando se pensa nessa técnica fala-se logo no nome do guitarrista Eddie Van Halen, mas ao ouvir gravações antigas de guitarristas, como Jeff Beck percebe-se que naquela ocasião, ele já usava a técnica. Executo o tapping de forma discreta, como um artifício a mais para passar uma mensagem com meu instrumento.

NPS - Como anda sua vida musical no exterior? Está tocando com algum músico estrangeiro?

Ximbinha Mamede - Desde 2002 toco com artistas estrangeiros. Acompanhei vários músicos africanos que vieram ao Brasil. Toquei com o cantor Angolano Bonga, Filipe Mukenga e, um grupo de Nova York, chamado África Yetu. Recentemente, o cantor Angolano Yuri da Cunha, me convidou para acompanhá-lo no programa Altas Horas, surgindo um convite para tocar em Angola. No ano passado, recebi uma proposta do compositor e produtor mexicano Carlos Macias, para tocar com o cantor Juno Marionne.

NPS - E suas atividades no ramo da direção artística. Quais discos têm produzido ultimamente?

Ximbinha Mamede - Gravei um disco de Tonho Matéria, também fiz a direção musical da banda de Márcia Freire, dirigindo e arranjando algumas músicas da artista. Produzir o disco da banda de axé Makueto, de um cantor que não estourou ainda, mas que sou fã de carteirinha chamado Josehr Santos, muito conhecido por ser Jesus Cristo do Dique, ele é um tenor de voz forte. Além disso, produzir o disco do cantor baiano Edy Lessa, que segue também na praia do axé. E co-produzir uma banda que toca músicas de Santana, chamada Zamaga. Além de realizar single e jingle para políticos e com fins comerciais.

NPS - Sobre seu estúdio particular, quais equipamentos o compõem?

Ximbinha Mamede - Utilizo um PC com bastante espaço tanto de memória quanto de HD. Além disso, uso o nuendo, (programa de gravação), pois é fácil para trabalhar e edita tanto áudio como imagens. Atualmente, estou com uma placa de som M-áudio, e microfones similares aos SM 57 e 58 da Shure. Uso um processador de efeitos boss, que é GT6 e uma caixa amplificada, da marca Hughes Kettner. Utilizo também plugs in tecnológicos e alguns efeitos como o compressor, noise gates, reverber , tudo como simulação.

NPS - Em sua opinião, o que não pode faltar num estúdio de gravação?

Ximbinha Mamede - Material humano qualificado. O homem nunca será substituído pela máquina. A máquina é apenas um recurso usado pelos profissionais da área.

NPS - Qual o seu software?

Ximbinha Mamede - Utilizo o reason, que é um programa muito bom para montar as trilhas de áudio. Tenho também um programa interessante que é acoustica beatcraft, que serve para montar trilhas inteira de bateria e percussão.

NPS -Conta com auxilio de algum técnico em seu estúdio?

Ximbinha Mamede - Não, porque, apenas faço o registro sonoro, depois levo para um técnico masterizar e mixar, ou seja, cada macaco no seu galho.

NPS - Como guitarrista, tem alguma técnica especial para gravar seu instrumento?

Ximbinha Mamede - Normalmente, gosto de gravar cada guitarra utilizando dois canais. Um passando pelo direct box levando o som direto para a placa de áudio. Já o outro canal microfono a caixa com um Sure SM 57, utilizando uma distância de seis centímetros do cone do auto-falante para captar os picos graves. É a minha forma de gravar, esse é o meu som.

NPS - E para a guitarra e baixo, quando solicitam que você grave. O processo é mesmo?

Ximbinha Mamede - Geralmente, converso com o cliente sobre as possibilidades, preferências e opções de gravação. Também sugiro algumas dicas, mas quando gravo contrabaixo, por exemplo, uso um compressor ligado direito em linha. Já dá para tirar um apropriado som, se o instrumento em si tiver um bom timbre.

NPS - Que dica recomenda para alguém que queira aprender um pouco mais sobre áudio?Ximbinha Mamede - É legal que a pessoa procure um estúdio ou peça ajuda para àqueles que conhecem sobre o assunto. É valido também tomar um curso com um profissional que esteja atuando na área. Além disso, trabalhar em algum estúdio é fundamental, isso é um ótimo aprendizado. Não só para quem quer se envolver com áudio, mas para qualquer área, pois é necessário vivenciar para aprender.

Postado por Nerivaldo Góes às 08:06 4 comentários

domingo, 17 de agosto de 2008

Captadores ...

Single-Coil : Captadores simples de uma bobina somente. Comumente encontrado em Stratocasters e Teles. Tem como caracteristica principal, um som com bastante brilho, e uma caracteristica "nasal" unica ao modelo. Como "defeito" possui maior ruido. (Principalmente ciclo de 60hz). Importante lembrar que o pickup da ponte da Tele, não serve em outras guitarras, e single-coils (comuns) não servem ali. Os pickups de braço em guitarras Tele, variam muito.



Humbuckers : Captadores Duplos, possuem 2 bobinas. Foram criados para eliminar o ruido caracteristico dos single-coils. Enrolando-se uma bobina "ao contrário" para o cancelamento do mesmo. Utilizado em guitarras Gibson e de muitas outras marcas e modelos também. Possui um som mais fechado, mais grave, em função do cancelamento de ruido. Por isso muitos prefererem os single-coils. Mais tarde, descobriu-se que utilizando as 2 bobinas poderia-se ter um ganho ainda maior, sem muita adição de ruido.


Stacked : Os chamados stacked são captadores que possuem 2 bobinas "empilhadas". Esse recurso foi criado primariamente para que se pudesse ter captadores com o som de single-coil, mas com o cancelamento de ruido dos humbuckers. O resultado não é exatamente esse, mas normalmente possui um som mais próximo aos singles, sem o ruido dos mesmo. Existem hoje em dia muitos modelos de stacked no mercado. Alguns com sons mais modernos e outros com o som mais vintage, mais clássico mesmo. Normalmente é referido ao stacked o nome de "humbucker em forma de single" apesar que essa pode ser uma caracteristica dos Parallel também.



Parallel Coils : Parallel coils ou Bobinas lado-a-lado, são captadores que possuem uma construção semelhante a do humbucker, porém em tamanho de single. Os humbuckers todos são por definação parallel, mas normalmente se refere por parallel aos que possuem tamanho de single, como os "humbuckers em formato single" mesmo. Normalmente são usados para uma sonoridade mais moderna, mas podem ter outras aplicações. Podem ser chamados de stack, mesmo não tendo as bobinas empilhadas, já que possuem 2 bobinas e formato singles. E muitos se referem a eles como humbuckers mesmo, mesmo não possuindo o formato dos mesmo.

P-90s : Modelo de captador single-coil, mais antigo. Muito usado em guitarras Gibson, Também chamado de "soap-bar" (barra de sabão) devido ao seu formato. Hoje em dia, é normalmente instalado sem moldura, os primeiros modelos, possuia uma moldura caracteristica com um formato que parecia a orelha de um cachorro estes são os conhecidos "dog-ear" (orelha de cachorro). Sua sonoridade é parecida com a de um single-coil. Possui ruido destes também. Possui uma caracteristica mais vintage (clássica) e som um mais anasalado, normalmente.


Mini-humbuckers : O nome diz tudo, são humbuckers de tamanho reduzido. Normalmente encontrado em guitarras Gibson Les Paul Deluxe. Possuem caracteristicas de humbucker, porém com um som com menos saida, e uma caracteristica de frequências médias unica. Construção similar a do humbucker normal, assim como os P-90, não pode ser instalado em qualquer guitarra, pois possui um formato unico.






Blade Pickups : Blade pickups, ou pickups em formato lâmina. Podem existir com qualquer outro formato, apenas não possuem pólos (parafusos) visiveis no seu topo. Possuem um ima em forma de barra, e uma unica lâmina como pólo. Possui a vantagem de captar o som por igual em toda sua extensão, mesmo quando o guitarrista aplica técnicas como "bends" ou "vibratos". Guitarristas de blues normalmente não gostam desse tipo de construção, pois acham que tiram a dinamica do instrumentista, que é algo extremamente importante neste estilo. Normalmente utilizada em captadores de ganho altissimo, esse modelo é preferido por guitarristas de heavy metal.




JazzMaster : Estilo P-90s com tamanho único, somente encontrados neste modelo de guitarra.





Filtertrons : Usados exclusivamente nas mais variadas guitarras Gretsch, possui som de humbucker, porém com mais brilho e um pouco mais de ruido.







Charlie Christian : Pickups de jazz, desenvolvidos pela Gibson em conjunto com o famoso guitarrista Charlie Christian, foi um dos primeiros, senão o primeiro captador magnético para guitarras elétricas.













Piezo : Os captadores do tipo piezo, são praticamente invisiveis aos olhos nu. Normalmente colocados nos "saddles" da ponte ou no nut da guitarra, tem como caracteristica captar o som diretamente da madeira, dando assim a guitarra, um som de violão de aço, convincente, e sem simulação ou emulação. Normalmente possui um jack próprio de saida, para ser processado ou ligado separamente.


Captadores Ativos : Captadores "ativos" são os que tem um circuito "ativo" (com alimentação de energia) proprio. São os captadores que são ligados numa bateria. Normalmente possuem ganho e saida maior que os caps conhecidos por "passivos" (os mais comuns). Além de terem ruido praticamente zero, por serem melhores blindados. Muitos puristas não gostam do som deles, pois acreditam ser muito "pasteurizado" ou "homogenio", já que a interação destes com a madeira é menor, pois o som é processado antes mesmo de sair da guitarra.